Minha querida amiga e colaboradora Anna Saboia nos mandou esse saboroso texto de Paris, aproveitem !

Estamos hospedados no 3ème arrondissement nas cercanias do Marais. Nesta sexta-feira ensolarada e com 20 graus de temperatura, resolvemos ir até as margens do Sena. Descemos a rue Saint Martin – muito movimentada com várias lojas e cafés – até a rue de Rivoli. De lá, basta um pulinho para chegar no rio.

Margeando o Sena em direção ao Louvre, não é que me deparo com uma exposição de esculturas “Passerelle Enchantée” ao ar livre na Pont des Arts, passagem obrigatória dos apaixonados e dos artistas, que faz a ligação entre a Academia Francesa, de um lado do Sena e o Louvre de outro. A instalação das esculturas vai de um lado ao outro da ponte. O artista é Daniel Hourdé, que inclusive já esteve em Salvador e Belo Horizonte em janeiro passado. Suas obras são em bronze, algumas revestidas de materiais especiais. As obras são inspiradas em diferentes mitologias, fadas, diabos e divindades, entre o inferno e o paraíso.

Ontem fomos ao Quai de Bercy, outra surpresa! Esse cais foi construído em 1670 e se prestava a tratar madeira de construção para o aquecimento de Paris. Hoje tem Bercy Village, um centro comercial cheio de lojinhas e bares. Além disso, tem cinemas ótimos. O parque é lindo, demos uma boa e caminhada e vimos gente fazendo picnic.

Encontramos Laurent no Hippodrome d’Auteuil, visitamos o charmoso parque dos poetas um prolongamento das Estufas d’Auteuil e que dedica suas aleias floridas aos poetas.

A poesia está gravada sobre pequenas placas (48) disseminadas ao longo das alamedas. Villon, Verlaine, Mallarmé ou Molière, Boileau e Baudelaire nos levam ao universo onde a beleza das palavras se confundem com a beleza da natureza. Um impressionante pinheiro da Áustria de 32 mts de altura, plantado em 1900 domina os bustos de Victor Hugo, Théophile Gautier, Alexandre Pouchkine…


Vale a pena dar uma volta lá, parece que você está fora de Paris, muito calmo, canto de passarinhos.

De lá fomos para piscina Molitor, a mais antiga de Paris, art déco, no 16º arrondissement, ao lado do Bois de Boulogne entre o Estádio de Rolland Garros e o Parque dos Príncipes, onde fizeram um hotel 5 estrelas incrível em volta da piscina. Foi inaugurada em 1929 e ficou célebre pela sua decoração art-déco e também por alguns acontecimentos como a primeira aparição do biquini em 1945.

Passeamos pelas ruas e vimos casas lindas dos anos 30 feitas por vários arquitetos famosos tais como Le Corbusier, Mallet-Stevens, Emilio Terry, Patout.


13 rue Mollien, 92100 Boulogne-Billancourt

O museu do Louvre fez essa belíssima exposição desse pintor pouco conhecido do público, mas no entanto importantíssimo da época do rei Luiz XVI e do período revolucionário. Foi um dos maiores criadores do imaginário poético do século XVIII. Começou sua vida de pintor na Itália onde morou por dez anos e foi muito influenciado pelos pintores italianos Panini e Piranesi em toda sua obra, o que pode ser visto na exposição. Depois, já de volta em Paris, foi o paisagista de Luiz XVI e desenhou vários jardins importantes, entre eles Le Petit Trianon e o Château de Méréville.


Vinte e quatro anos após a inauguração da pirâmide de vidro de I.M. Pei, o Museu du Louvre apresentou a sua segunda peça de arquitetura contemporânea em setembro de 2014, projetado pelo arquiteto milanês Mario Bellini e seu colega francês Rudy Ricciotti, que ganhou a comissão através de um concurso internacional em 2005. Semelhante a IM Pei, a dupla criou uma iluminação natural, espaço da galeria subterrânea sob um telhado de vidro ondulado, dentro do pátio histórico da Cour Visconti. O “véu enorme” é construído em uma rede de forma livre de 8.000 tubos de aço e vidro duplo isolante, envolta numa malha de alumínio ouro e prata.

O século XIX foi um período de excepcional produção para a escultura: a burguesia triunfante e os poderes públicos aprendem a decorar suas casas e mostrar seu status social através das obras que tinham. Começamos o percurso com os ‘Gladiadores de Gérôme’, escultor official da Terceira Républica (Napoleão III) e criador do estilo chamado Pompier-Acadêmico. Continuamos com Carpeaux, escultor da Opéra Garnier, em seguida vimos ‘A porta do Inferno de Rodin’ e conhecemos todos seus alunos, dentre eles, Camille Claudel, que esculpiu obras autobiográficas como ‘As três idades da Vida’. Vimos também Antoine Bourdelle e sua obra ‘Hércules Arqueiro’, e por último as obras de Pompom que ficou famoso com a sua escultura ‘Urso branco’.

A nova sede da Filarmônica de Paris, projetada pelo renomado arquiteto francês Jean Nouvel no Parc de la Villette é o maior auditório da França.

O prédio do auditório é uma jóia da arquitetura. Com 35 metros de altura, tem em cima uma tela gigante onde serão projetadas informações sobre a programação da sala. Sempre tem uma programação boa. Assistimos o excelente pianista russo Alexei Volodin maravilhoso! Tocou duas horas sem partitura!


A exposição Apollinaire, os olhos do poeta, se concentra no período em que Guillaume Apollinaire era ativo como um crítico de arte, principalmente entre 1902 e 1918. O objetivo desta exposição é mostrar a importância que teve nessa época os olhos deste crítico-poeta. Poeta, crítico, descobridor da arte africana, amigo de artistas, Apollinaire teve um papel central na revolução estética que deu origem à arte moderna.

A exposição de Henri Rousseau, no Quai d’Orsay está muito bonita! Conhecido também pelo público como o douanier (aduaneiro) por ter trabalhado como inspetor de alfândega, foi um pintor francês inserido no movimento moderno do pós-impressionismo. A sua obra foi pouco apreciada pelo público geral e pelos críticos seus contemporâneos tendo sido constantemente remetida para o grupo da arte naïf e primitivista – ele nunca frequentou uma escola de arte, nunca estudou, foi totalmente auto-didata.

Restaurantes que fomos e recomendo:
Tel: +33 1 45 48 33 53

Tel:+33 1 45 48 86 58


Telefone:+33 1 47 27 89 52
