Paris está uma festa depois da Pandemia!! Nunca esteve tão alegre, ruas cheias de pessoas passeando, restaurantes lotados e lojas repletas de fregueses, o que fez sentir uma vibração muito positiva!!

O voo da Air France bastante cheio, aeroporto lotado, mas na fila da prioridade a espera foi rápida. A Sala Vip da Amex é bem confortável e as 10h45hs no ar passaram bem e chegamos as 6h50, meia hora adiantados.

Recomendo um serviço que se chama Fast Track que utilizei e achei muito bom. Aguardam o passageiro na porta do avião e levam bem rápido para recolher as malas!! 

Passeios

Fizemos uma tour nas Colinas de Paris com meu amigo Laurent Cendras, (guia que faz tours super diferentes e interessantes em Paris) Recomendo!

O percurso começa na Sede do Partido Comunista construída por Oscar Niemeyer. Depois cruzamos La Cité Rouge, um conjunto de 475 unidades habitacionais HBM construídas por Charles Heubès (1862 – 1948). (O nome é por causa dos tijolos vermelhos) de 1929, primeiro exemplo de HBM Art Deco e passamos em frente à Fundação Adolphe Rothschild.

Em seguida, vimos a fachada Art Déco do estúdio do pintor surrealista Clovis Trouille, amigo de Dali e Breton. e subimos ao mítico Butte (colina, monte) Bergeyre (em homenagem ao campeão francês de rugby Robert Bergeyre): foi um parque de diversões durante o Segundo Império, depois um estádio construído em 1918, para se tornar um local residencial em 1925 com casas charmosas Art Déco.

Nesta colina descobrimos a vila modernista Zilvelli. Depois fomos para o Buttes Chaumont construído por Napoleão III. Uma boa dica é parar no pavilhão Rosa Bonheur estilo “Segundo Império” para saborear uma pizza e uma bebida.

Fomos visitar o distrito de MOUZAIA com mais de 50 vilas pitorescas da década de 1930. Visitamos a Igreja do bairro: Igreja de São Francisco de Assis, construída em tijolos e decorada com mosaicos também Art Déco.

Depois fomos visitar a Igreja Ortodoxa Russa de São Serge de Radonège, Construída em 1920 de madeira e tijolos um esplendor escondido em um jardim privado, foi o ponto alto dessa tour!! E estava cheia de turistas russos!!

Terminamos o percurso caminhando ao longo do famoso Canal de l’Ourcq com suas esplanadas, até a belíssima Rotunda construída pelo arquiteto utópico Ledoux no final do século XIX.

Andar a pé pelo Les Halles é muito divertido e animado: jardins muito verdes e floridos, almoçamos no Pied de Cochon, um dos restaurantes mais antigos de Paris e continua ótimo! 

Fomos de metrô para Montmartre, até a estação Les Abesses, muito bonita, 181 degraus!!! Sete pintores pintaram as paredes das escadas, cada um fez um mural, é a estação de metrô mais profunda de Paris. Saímos em frente a uma igreja linda, Saint Jean de Montmartre, descemos a pé até as lojas de tecidos e aviamentos Reines e Fru Fru, muito boas. De lá, seguimos de funicular até a Basílica de Sacré Coeur, linda de morrer!!

Giverny

Um passeio muito agradável leva menos de duas horas de carro e também tem trem em vários horários. Fomos ao Museu, que é novo, e eu ainda não conhecia, vimos uma exposição de Monet/Rothko, uma comparação entre os dois pintores, bem interessante! Depois fomos visitar a casa do Monet que é muito bonita e aconchegante e, claro que não poderíamos perder a lojinha. 

Bem-vindo ao mundo de Claude Monet, pintor e jardineiro. Por mais de quarenta anos, até sua morte em 1926, Giverny foi sua casa, seu lugar de criação e sua obra. Um mundo de significados, cores e memórias, a casa onde o artista viveu com sua família abriga seu salão-ateliê e sua excepcional coleção de estampas japonesas. Os jardins são compostos pelo Clos Normand e seus canteiros de flores e pelo Water Garden, plantado com plantas orientais e salgueiros, com sua ponte japonesa pintada de verde e seus nenúfares.

Na volta paramos em Versailles, visitamos os jardins e o castelo, estava lindo!! Todo reformado!! Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.

Ir à feira na Place d’Alma é um programa bem parisiense, ela acontece nas quartas e aos sábados.

Rolland Garros,

Fomos assistir à um jogo no Rolland Garros, programa espetacular não só para os amantes de tênis. Este torneio é considerado um dos melhores e tornou-se objeto de desejo de muitas pessoas que sequer conhecem as regras do jogo, mas querem conhecer todo o glamour envolvido neste evento.

Museus e Exposições

Museu Guimet, ficou conhecido pelo seu lindo acervo. Sempre vale a pena ir uma visita. E a loja do museu é ótima para comprar presentes! Tem uma loja na frente do museu que se chama Noel, roupa de cama, mesa e banho, muito chique! 

Petit Palais

Construído por Charles Girault entre o Sena e os Champs-Élysées, o Petit Palais faz parte de um ambiente monumental excepcional.

Com o Grand Palais e a Pont Alexandre III, forma um conjunto especialmente concebido para a Exposição Universal de 1900. Foi então convertido em Museu de Belas Artes em 1902 para abrigar as ricas coleções da Cidade de Paris, continuando a apresentar um importante programa de exposições temporárias.

O Petit Palais dedica uma grande exposição ao artista italiano Giovanni Boldini (1842-1931), cuja última retrospectiva na França remonta há mais de sessenta anos, mas o virtuoso retratista foi uma das maiores glórias de Paris desde a virada do século XIX e XX, como observador atento da alta sociedade que admirava e frequentava.
 
Nascido na Itália, em Ferrara, em 1842, Boldini passou a maior parte de sua carreira na Cidade Luz. Perto de Degas mas também de Proust, evoluiu nos círculos aristocráticos e burgueses e teve um sucesso inegável em vida, tornando-se o retratista favorito de uma clientela rica e internacional.

Bourse de Commerce (coleção Pinault) é um prédio excepcional. Exibe a obra de Charles Ray, artista bem contemporâneo.

Um pouco de história

A Bourse de Commerce é um edifício em Paris, foi originalmente usado como um local para negociar o comércio de grãos e outras mercadorias, e para fornecer serviços a empresas pela Câmara de Comércio de Paris durante a última parte do século XX.

A coleção Pinault inclui vários milhares de obras, essencialmente representativas da arte moderna e contemporânea, sob a forma de pinturas, mas também fotos ou instalações visuais ou sonoras.

A coleção foi iniciada por François Pinault na década de 1970 com a aquisição de sua primeira pintura, Cour de ferme de Paul Sérusier. Rapidamente foi completado com pinturas de pintores do início do século XX, como Picasso, Georges Braque, Fernand Léger ou Yves Tanguy. François Pinault passou da arte moderna para a arte contemporânea com a compra de uma obra de Koons ( Equilibrium) em 1985 e a pintura Losangique de Piet Mondrian por US$ 8,8 milhões em 1990. 

Os projetos Réinventer Paris lançado em 2014 pela Câmara Municipal de Paris, iniciou negociações com a Câmara de Comércio e Indústria no final do verão de 2015 para obter a venda da Bourse du Commerce. A venda à Câmara Municipal de Paris foi finalmente concluída por um montante de 86 milhões de euros.

O anúncio oficial da instalação da coleção de arte contemporânea de François Pinault na Bolsa de Comércio de Paris ocorreu em 27 de abril de 2016 na Prefeitura de Paris na presença de Anne Hidalgo, prefeita da cidade. 

A parceria celebrada entre a cidade de Paris e François Pinault concede a este último um arrendamento enfitêutico de cinquenta anos para o funcionamento da Bolsa de Valores de Paris. O custo das obras de requalificação e renovação está estimado em 108 milhões de euros, inteiramente a expensas de François Pinault e da sua família, sendo o contrato de arrendamento celebrado entre a Cidade de Paris e a holding familiar de François Pinault.

A transformação do edifício em museu foi confiada a Tadao Andō. No centro do projeto de Tadao Ando, a construção de um cilindro de 30 m de diâmetro e 9 m de altura, uma espécie de “prédio dentro do edifício”. 

François Pinault especifica que o Museu da Bolsa funcionará em coordenação com os museus venezianos da Pinault Collection e apresentará 10 exposições por ano. 

Exposição do Sebastião Salgado, 

A exposição Amazônia, é fruto de sete anos de trabalho do artista na Amazônia brasileira, e contém cerca de 200 imagens e sete vídeos com testemunhos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados atualmente para a sobrevivência da floresta.

Está sendo exibida na praça La Défense, que vale um passeio. Os 2 arcos em frente um ao outro, Arc du Triomphe e Arc de La Défense dão uma perspectiva modernista, expressando o visual desta parte de uma Paris pouco conhecida pelos turistas brasileiros.

Museu d’Orsay

O Museu de Orsay é um dos museus na cidade de Paris mais amigáveis para visitantes de primeira viagem. Sua localização na margem esquerda do Sena é mais uma vantagem. As colecções do museu apresentam principalmente pinturas e esculturas da arte ocidental do período compreendido entre 1848 e 1914. Entre outras, estão aí presentes obras de Van Gogh, Cézanne, Degas, Maurice Denis, Odilon Redon. 

Um pouco de História

O edifício onde está o museu hoje, era originalmente uma estação ferroviária, Gare du Quai d’Orsay, construída para o percurso de trem de Paris à Orléans, onde existia até 1871 um antigo palácio administrativo, o Palais d’Orsay. Foi inaugurado em 1898, a tempo da Exposição Universal de 1900. 

O projeto foi do arquiteto Victour Laloux. Em 1939, deixou de ser o terminal da linha que ligava Paris a Orléans devido ao comprimento reduzido do cais, passando a ser apenas uma estação da rede suburbana de caminhos de ferro; e mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial serviu de centro de correios. 

A estação foi fechada em 1 de Janeiro de 1973. Em 1977, o Governo francês decidiu transformar o espaço num museu. Foi inaugurado pelo presidente de então, François Mitterrand, em 1 de Dezembro de 1986. Os arquitetos Renaud Bardon, Pierre Colboc e Jean-Paul Philippon foram os responsáveis pela adaptação da estação.

Desta vez, tivemos o privilégio de ver três exposições temporárias: 

A Busca pela Harmonia de Aristide Maillol no Museu d’ Orsay presta homenagem ao escultor, pintor e gravurista, numa grande retrospectiva de um artista que desempenhou um papel crucial no início do século XX durante o surgimento da modernidade.

Antoni Gaudí (1852-1926), arquiteto e engenhoso criador, deixou sua marca na Espanha na virada do século XX e continua fascinando até hoje. Pela primeira vez em cinquenta anos na França, uma exposição em grande escala é dedicada a este mestre da Art Nouveau. Mostra a notável criatividade deste artista singular, que foi o portador das convulsões ocorridas na Catalunha no final do século XIX, e que se expressou tanto nos detalhes de seu mobiliário quanto na escala de uma extraordinária estrutura arquitetônica. projeto: a Sagrada Família em Barcelona.

Sophie Calle

Na estação de trem e hotel desertos do museu d’ Orsay, Sophie Calle escolheu um quarto abandonado, 501, como seu abrigo. O ano é 1978. Ela passa dias inteiros, meses, experimentando a desolação de um lugar, como um espaço arqueológico onde tudo foi abandonado. “The Ghosts of Orsay” é o trabalho total de seu retorno.

Museu St Laurent

A vida e a moda do designer icônico Yves Saint Laurent são exibidas neste museu luxuoso. Exposição muito bonita de todas as criações da vida dele.

Endereço: 5 Av. Marceau

Exposição Dior

A moda sempre encontra a arte. Mais uma prova é que, recentemente, a grife fundada por Christian Dior inaugurou um museu no coração da capital francesa: La Galerie Dior, localizada na Rue François Ier, próximo à loja da marca, na Avenue Montaigne. Com mais de 2 mil metros quadrados e 13 espaços conceituais, o local é uma espécie de cápsula do tempo, passeando pelos diferentes momentos da casa.

Museu Picasso

O Museu Picasso é um museu consagrado à obra de Pablo Picasso. Fundado em 1985 no Hôtel Salé, um hôtel particulier de Marais, no 3.º arrondissement. Possui diversas obras do pintor, porém não tanto conhecidas, já que o museu é considerado novo, e sem grandes investimentos. 

Fomos ver uma exposição dos quadros que a filha de Picasso, Maya, doou, de sua coleção particular, para o Museu. Quase todas eram pinturas que Picasso fez dela quando criança. Maya era filha da segunda mulher de Picasso, e foi muito ligada a ele, mas quando se casou aos 20 anos parou de falar com seu pai e nunca mais se viram! Hoje com 87 anos, sua filha (neta de Picasso) foi quem organizou essa doação, considerada uma bela aquisição para o Museu.

A exposição mostra uma cumplicidade entre Picasso e sua filha Maya: ‘Imersão na intimidade’ do pintor. É a primeira vez que esses retratos, pintados entre 1938 e 1939 e distribuídos pelo mundo, são reunidos”, segundo a neta do pintor, curadora da exposição juntamente com Emilia Philippot, curadora e especialista em Picasso.

Um curta-metragem apresenta ao visitante o coração de uma vida familiar zelosamente protegida por Picasso e sua paixão por sua primeira filha, nascida em 5 de setembro de 1935 de sua união com a francesa Marie-Thérèse Walter, 28 anos mais jovem que ele.

Maya é o apelido de María (de la Concepción), o nome que Picasso deu à filha em homenagem à irmã que morreu quando ele tinha 14 anos. Durante toda a vida foi “cúmplice e confidente privilegiada de seu pai, e a única que podia entrar em seu escritório” a qualquer hora do dia ou da noite.

Endereço: 5 Rue de Thorigny

Musée d’ Arts Décoratifs

O Museu des Arts Décoratifs tem a honra de anunciar a entrada em suas coleções de 16 grandes obras e 38 desenhos do casal de artistas franceses Claude e François-Xavier Lalanne, por ocasião de uma doação excepcional realizada em 2021. Para celebrar este evento, a exposição “Histoires naturelle. Dation François-Xavier e Claude Lalanne no Musée des Arts Décoratifs”.

Formando um só aos olhos do público, este casal de artistas é conhecido por ter feito da natureza e dos animais o suporte de suas criações. Escultores inclassificáveis, Claude e François-Xavier Lalanne sempre expuseram juntos, com a ideia comum de às vezes dar uma função à escultura. Mais de 150 peças são encenadas por Peter Marino, convidando o visitante a descobrir o mundo de Lalanne. A exposição é muito bonita!! 

Exposição Pequeno Príncipe de St Exupery, muito bonita!

A França expõe pela primeira vez o manuscrito de O Pequeno Príncipe em uma mostra dedicada ao seu criador, Antoine de Saint-Exupéry, formada por diversos objetos do escritor e aviador.

O conto foi escrito em 1942 nos Estados Unidos, em Nova York e em Asharoken, uma cidade costeira de Long Island (nordeste). Quando, em abril de 1943, Saint-Exupéry deixou os Estados Unidos para combater as tropas nazistas, deu o manuscrito à sua companheira, a jornalista Sylvia Hamilton, que o vendeu à Morgan Library & Museum de Nova York 25 anos depois. O aviador, desaparecido durante uma missão no mar Mediterrâneo em julho de 1944, não viveu para ver o sucesso planetário de sua obra.

Teatros e Programas Noturnos

Bouffes Parisiennes, 

Assistimos a uma peça bem divertida com artistas muito famosos e conhecidos pelos franceses.

Opéra Garnier ver um ballet lindo de coreografia Mats Ek

Mats Ek é um coreógrafo sueco de dança e balé, dançarino e diretor de teatro. Ele foi o gerente do Cullberg Ballet de 1985 a 1993. Assistimos o ballet Carmen, maravilhoso!!

Restaurantes

Fomos conhecer o hotel Cheval Blanc, maravilhoso! Tem quatro restaurantes. Um edifício histórico com espírito contemporâneo imaginado por Peter Marino. Um forte senso de herança Art Déco e uma homenagem ao savoir-faire e artesanato francês.

Almoçamos no restaurante Le Tout Paris  com vista para o Sena muito gostoso, comida ótima!! 

Outros restaurantes que recomendo:

Chez André é sempre bom! 

Racines des très, jantar, um bistrô bom, ao lado do Robuchon.

Fontaine des Mars, jantar estava ótimo!!

Récamier

O melhor lugar de Paris para ir comer um souflé!!

Hotel Bulgari – Fomos almoçar e valeu a pena, decoração muito chique, frequência ótima e comida impecável.

Deux Magots continua muito bom, sentar nas mesinhas do terraço e ficar observando o movimento já é um belo programa!

l’Avenue, como sempre uma delícia!!!

Joel Robuchon, um dos melhores de Paris

Lojas

Samaritaine

Fomos conhecer a loja nova da Samaritaine que reinaugurou e está linda:

esteve em reforma nos últimos 16 anos, foi inaugurada e marca a retomada do comércio em Paris, após mais de um ano de lockdown. O prédio, cuja fachada é feita de vidro, remonta a arquitetura do século 19. Inaugurada 1870, foi fechado para reforma em 2005, a fim de atender às medidas de segurança vigentes. O conglomerado LVMH, que comprou a loja em 2001, investiu cerca de 750 milhões de euros em sua reestruturação. 

Loja plantas Vilmorin

Loja plantas Vilmorin

Uma delícia para quem gosta ir comprar sementes e utensílios de jardim nessa loja incrível!

Loja Hermès

Sempre vale uma visita, nem que for só para olhar e passear na deslumbrante loja da Rive Gauche.

Uma delícia para quem gosta ir comprar sementes e utensílios de jardim nessa loja incrível!

Foto Yeda Saigh

Espero que aproveitem essas dicas que estou compartilhando com vocês! 

Boa Viagem!!