
Ele nos contou durante nossa visita ao Instituto, inaugurado em Outubro de 2011, que “não aguentava mais ver as obras encaixotadas; elas precisavam ser expostas. Então é um prazer imenso que estejam à mostra aqui”.

Há dez anos João Carlos já idealizava fazer um Instituto, depois de muito procurar parcerias sem sucesso, resolveu fazer o projeto sozinho. “A coleção merecia e eu precisava torná-la pública. Isso que está aqui faz parte do patrimônio do país”, salienta ele, que há dois anos adquiriu um terreno de 2 mil metros quadrados e, com a esposa, a arquiteta Dulce de Figueiredo Ferraz, desenhou as instalações.

João Carlos começou a colecionar obras de arte há mais de vinte anos. Desde 1985 era um assíduo frequentador da galeria de Luisa Strina. Uma de suas primeiras aquisições foi um óleo sobre tela de Jorge Guinle Filho: Threshold. Até então nem imaginava tornar-se um colecionador de arte, mas foi exatamente o que aconteceu a partir daí e essa paixão por colecionar o levou a criar o Instituto Figueiredo Ferraz. “O Jorginho começava a aparecer naquela época e participava ainda de salões de arte quando a Luisa me apresentou o trabalho dele. Foi uma das primeiras peças que tive e, depois, viria a comprar outras obras dele”, nos contou João Carlos.

Com mais de mil peças em seu acervo, o casal já havia desistido da ideia de montar um espaço voltado para as artes plásticas, até surgir a chance de comprar o terreno onde está hoje o Instituto.

O projeto do prédio é incrível, espaços grandes que se comunicam para assegurar uma excelente visão do todo. Em uma área construída de 2,5 mil metros quadrados o Instituto conta com quatro salas para exposição, sendo duas no primeiro piso e duas no segundo, uma área para reserva técnica, um auditório para 60 pessoas, além de escritório, biblioteca, escritório, jardim e um bar que funciona apenas nos dias de eventos especiais.

O objetivo do Instituto Figueiredo Ferraz foi difundir a arte e cultura em Ribeirão Preto expondo permanentemente a coleção do casal. Também se propõe a trazer exposições temporárias de diferentes artistas e oferecer cursos e palestras com artistas de renome, workshops de artes visuais, fotografia, literatura, história da arte, arquitetura e design.

O Colecionador de Sonhos, exposição de abertura do Instituto, expõe 154 obras do acervo de João Figueiredo Ferraz. Focada em arte contemporânea, teve como curador Agnaldo Farias responsável pela escolha das obras e disposição das mesmas nas salas do museu. Agnaldo é crítico de arte, professor da FAU – USP e foi o curador da 29ª Bienal de São Paulo.

O curador Cauê Alves é o responsável pela segunda exposição do Instituto, Amilcar, desenhos e esculturas, de Amilcar de Castro, que abriu em 23 de junho e ficará até 26 de setembro de 2012. Cauê também é quem responde por cursos de História da Arte.

A mostra, resultado de uma parceria do Instituto Figueiredo Ferraz com o Instituto Amilcar de Castro, procura mostrar uma visão particular da obra do concretista, que detém extensa produção nos pouco mais de 80 anos de vida. Estarão expostos alguns “desenhos”, como os chamava o artista, que são as telas que serviam de estudo e base para as criações tão características de Amilcar.

Inaugurado em dezembro de 1992 o MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto tinha como objetivo reunir todo o acervo de artes plásticas da Prefeitura da cidade, obras essas do Salão de Arte de Ribeirão Preto e do Salão Brasileiro de Belas Artes, adquiridas pela prefeitura de Ribeirão Preto, bem como obras doadas, como o conjunto de obras dos artistas Leonello Berti e Nair Opromolla; e também promover a recuperação do acervo.


O Instituto Figueiredo Ferraz e o Museu de Arte de Ribeirão Preto vieram selar a importância da cidade de Ribeirão Preto como polo cultural no país.

Para finalizar um pensamento que exprime a nossa visita:
uma viagem! ótimo!
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otima materia!,,,,
com certeza vai levar muita gente a ribeirao…..
adorei as citações. Obrigada!,,,,,,
bjs luisa
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Que bonito!!!!
bjss, Silvia
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Parabéns Yeda, pela excelente divulgação
Grande beijo
Candida
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Obrigada Yeda
Pude assim visitar on line, uma vez q não pude ver ao vivo.
Bjos
M Amalia
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Comentário enviado em 15 julho 2012 por Sa Moreira
Yeda,
Barbaro !!!!
Eu nao conhecia o IFF. Sabia que o JC era colecionador, mas nao imaginava que fosse a ponto de montar uma mini-Inhotim em Ribeirao… Na minha proxima ida la, certamente irei visitar. Tambem adoro Arte Contemporanea. Queria ver com vc como posso participar desse Nucleo
Abracao
Sa
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Yeda
Nuito bom seu artigo da Fundação Fiqueiredo Ferraz…que está + para Eduardo Censtantini do que para Bernardo Paz. Gostei do gosto dele…o quadro do Jorginho Guinle é uma paixão; é dos poucos pintores nacionais que me dá coceiras de comprar…sei lá , são delírios meus, nem tenho onde por mas gosto do gosto do Fiqueiredo Ferraz pela pintura. A escultura do Edgard de Souza já vi até na casa do Jorge Takla, existe em vários tamanhos… mas isso das tiragens é próprio das esculturas mesmo. Enfim valeu a pena tomar conhecimento dessa instituiçãp através do seu artgo,
Beijos
Lina
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Oi Yeda , a mulher do meu neto é de Ribeirão e me falou recentemente deste museu e fiquei bem curiosa . Bj. Sula.
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