Paris é uma cidade que encanta sempre e está em constante efervescência. Não importa se é a primeira ou milésima visita, passar uns dias na capital francesa significa uma boa dose de cultura, arte e gastronomia. Separei as últimas novidades e dicas. Bon voyage!

Cultura
Teatro – Le Souper: a peça de Jean-Claude Brisville no Théâtre de La Madeleine tem bons atores e é ótima! Depois da batalha de Waterloo e da derrota de Napoleão, Fouchet, político e ministro francês, considerado o fundador da moderna polícia e o príncipe Taillerand conversam sobre o futuro da França. Vale muito a pena para quem gosta de diálogos inteligentes!
http://www.theatre-madeleine.com/spectacle/piece/le-souper
Ballet – Paquita: na Opéra Garnier, Ballet de L’Opéra de Pierre Lacotte, maravilhoso! Paquita foi realizada pela primeira vez na Ópera de Paris em 1846 Pouco a pouco, Paquita desapareceu do palco da ópera; mas em 2001, foi entusiasticamente revivida por Pierre Lacotte. As bailarinas são fantásticas e exibem um virtuosismo técnico impressionante.
https://www.operadeparis.fr/en/saison-2014-2015/ballet/paquita-pierre-lacotte

Cantora – Anna Netrebko: com a Orquestra Nacional da França. A russa que definiu a noção de “star” da ópera e se tornou uma das cantoras clássicas mais aclamadas e reconhecidas atualmente. Se tiver a oportunidade de estar em alguma cidade em que ela estiver cantando, não perca!

Restaurantes
20 Rue du Boccador, 75008 Paris, tel. (+331) 4723-3198.
Le Comptoir
No hotel Relais Saint-Germain, mas com entrada separada, está super concorrido. Conseguimos mesa porque fomos ao meio-dia. A salada de frango defumado estava divina!
http://www/hotel-paris-relais-saint-germain.com/

Café Stern
Na Passage des Panoramas , uma das mais antigas de Paris, construída em 1845, muito charmosa. O décor do restaurante é do Philippe Starck e a comida ótima. 47 Passage des Panoramas, 47 Galerie des Variétés, 75002 Paris, tel. (+331) 7543-6310.

Marius & Janette: sempre que vou a Paris é um dos meus preferidos. Continua muito bom, ótima opção na região da Av. Georges V para comer peixes e crustáceos.
http://www.mariusetjanette.com/
Exposições
http://www.grandpalais.fr/en/event/jean-paul-gaultier

http:www.grandepalais.fr/en/event/velazquez

Les Tudors
Uma exposição sobre a mais célebre das dinastias britânicas pela primeira vez na França, no Musée du Luxembourg até 19/07/2015.
http://museeduluxembourg.fr/expositions/les-todors

Passeios
Fizemos dois tours maravilhosos com nosso guia Laurent Cendras.
laurentcendras@hotmail.com, tel +331 (0) 7 6121-5128
É melhor fazer esse tour no domingo de manhã porque as lojas ficam abertas só até às 13h e o mais importante é que nesse dia a rua é só para pedestres. Encontramos Laurent na saída do metrô Nôtre Dame de Lorette, que é a porta de entrada do bairro romântico, também chamado a Nova Athena.

Começamos visitando a linda Igreja Notre Dame de Lorette, a mais colorida de Paris devido aos afrescos pintados em todas as paredes em 1826.
Depois fomos a pé até a Rua des Martyres, que tem esse nome por causa da história de Saint Denis, o primeiro bispo de Paris, que foi decapitado e caminhou por esta estrada segurando sua cabeça entre as mãos.


http://www.hotelamourparis.fr/.

Ao lado descobrimos o pátio arborizado escondido onde fica o antigo atelier do pintor romântico Géricault.
Sem esquecer a pitoresca Avenue Trudaine, cheia de restaurantes badalados construída pelo Barão Haussman durante o segundo Império. Como ele gostava muito de abrir avenidas, fez essa, mesmo que não desse em lugar nenhum, é uma avenida sem saída!!
Depois do almoço fomos no Musée de La Vie romantique ao pé de Montmartre, na 16, Rue Chaptal, antigo atelier do pintor Ary Scheffer. é um dos 14 museus oficiais da Paris Musées. Todos os artistas do período romântico, pintores, músicos, escritores, como George Sand, Chopin, Musset, Delacroix e muitos outros frequentavam a casa do pintor Ary Shceffer.

Musée Renan-Scheffer. Depois de uma extensa reforma feita pelo famoso designer de interior Jacques Garcia, reabriu em 1987 como Musée de la Vie Romantique. É um dos três museus literários de Paris, juntamente com o Maison de Balzac e a Maison de Victor Hugo. Preste atenção no lindo quadro por Ary Scheffer da princesa de Joinville, irmã de D. Pedro II: Princesse Marie d’Orléans. Na saída, aproveite para relaxar no jardim que é lindo e tomar um café.
http://www.paris.fr/pratique/musees-expos/musee-de-la-vie-romantique/p5851.

De lá fomos ao Musée National Gustave Moreau. Pintor francês, nascido em Paris, célebre por ser um dos principais artistas do simbolismo do século XIX. Os temas favoritos de Moreau eram as cenas bíblicas, principalmente a história de Salomé, muito em moda no final do século XIX e as obras literárias clássicas. O Museu passou por uma grande reforma e só reabriu há dois meses. Preste atenção na escada monumental que dá acesso ao atelier de Moreau, é uma obra de arte!
http://musee-moreau.fr/

Tour do Parc Montsouris 14 ème arrondissement
Encontramos Laurent, nosso guia, na Place des Droits de l’Enfant. Começamos visitando a magnífica Capela dos Franciscanos, construída em 1934 em pedra vermelha da Bourgogne com vitrais Art déco. Depois fomos para o bairro Montsouris, que também é chamado de “la campagne de Paris”. E realmente é! Durante nosso percurso, caminhamos por quase seis horas, pouco trânsito, muita calma, jardins lindos cheios de flores!


Um pouco da história – No século XIX, época de Napoleão III e do prefeito Georges-Eugène Haussmann, o imperador queria prover a cidade de espaços verdes, onde pessoas de todas as classes sociais poderiam se divertir. Esse objetivo era parte do grande projeto de remodelação de Paris, que ficou a cargo de Haussmann, a partir de 1852. A construção do parque começou em 1865, foi interrompida em 1870 por causa da guerra contra a Prússia e da Comuna de Paris, e terminou em 1878.

O responsável pelo projeto foi Adolphe Alphard, também encarregado de outros parques e áreas verdes na cidade. A aparência escolhida foi a de um jardim inglês, na moda na época. Havia, inclusive, no terreno estradas de ferro, uma foi devidamente mascarada com árvores e arbustos. A outra é onde hoje passa o RER B, que corta a área. Para compensar o desnível do parque, foram criadas escadarias, onde o corrimão é feito de concreto, mas imitando galhos, a textura mesmo parece madeira.
Um restaurante tradicional está situado perto do Coreto: é o Le Pavillon Montsouris. Criado em 1889 para a Exposição Universal de 1892, o lugar era frequentado por políticos e escritores famosos de várias épocas, como Ernest Hemingway. Em 2001, foi classificado como Monumento Histórico.
Parc Montsouris
2 rue Gazan
75014 Paris


O almoço foi no parque do moderno restaurante-bistrot Le Chinchin, novo destino da clientela BOBO (Boêmio-burguês)
Depois fomos para a cidade florida, um antigo quarteirão dos anos 20, onde todas as ruas tem nomes de flores: conhecemos a cidade dos peupliers, versão mais burguesa e depois fomos até o bairro alternativo Butte aux Cailles, muito charmoso, erguido no topo duma colina com cerca de 60 metros altura, no sul de Paris. O bairro recebeu o nome de Pierre Caille, que se tornou proprietário dessas terras em 1543.

Fica no 13º arrondissement de Paris e é um pequeno lugar, único e pitoresco, com um rústico charme francês. Com suas pequenas ruas de paralelepípedos, estúdios de arte e casas coloridas de flores, a Butte Aux Cailles é verdadeiramente um contraste com a agitação da cidade. Somente no século XX, Butte Aux Cailles começou a tomar a forma que conhecemos hoje em dia. Ainda podemos admirar o estilo Art Decô, representada pela “Piscine de la Butte Aux Cailles”. Projetado pelo arquiteto Louis Bonnier e inaugurada em 1924 na Place Paul Verlaine, o edifício é composto por uma das mais antigas piscinas públicas de Paris sendo nomeado Patrimônio Nacional Francês como monumento histórico. Não deixem de reparar nas fontes públicas criadas no ano 2000, a partir de antigos poços artesianos. A água provém de mais de 600 metros de profundidade, e é tão pura e limpa que não é raro ver moradores encherem suas garrafas.

Tomamos um chá no Salon de thé conceito l’Oisivethé, super charmoso e interessante: oferece aulas de tricô e inclusive vende lãs muito bonitas para quem gosta de tricotar.

De lá, fomos de metro aéreo até a Fundação Cartier, edifício assinado por Jean Nouvel, passagem obrigatória para quem está em Paris poder admirar sua arquitetura. Sempre com excelentes exposições, dessa vez vimos a de Bruce Nauman, que expõe um conjunto de sete peças, permitindo um diálogo único entre os vários momentos do percurso do incontornável artista americano.

Para terminar uma frase de Audrey Hepburn:
Paris é sempre uma boa idéia!