Parte III
A segunda maior cidade do Egito, conhecida como a cidade de Cleópatra – que não era egípcia, era grega.
Alexandria, às margens do Mediterrâneo, reinou quase absoluta como centro da cultura mundial entre os séculos III a.C. e IV d.C. Foi uma cidade que sofreu muito ao longo de sua história: devastação das conquistas repetidas, cercos e bombardeios contribuíram para que muito pouco da antiga Alexandria fosse visível hoje.
Alexandria – Foto Internet
Um pouco de história
Nos tempos antigos, Alexandria foi uma das cidades mais importantes do mundo. Foi fundada em torno de um pequeno “vilarejo” em 331 a.C. por Alexandre o Grande. Permaneceu como capital do Egito durante mil anos, até a conquista muçulmana do Egito, quando a capital passou a ser Fustat, que depois foi incorporada ao Cairo.
Alexandria – Foto Internet
Alexandria era conhecida pelo Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo, pela Biblioteca de Alexandria, a maior do mundo antigo e pelas catacumbas de Kom el Shoqafa, uma das sete maravilhas do mundo medieval.
Alexandria – Foto Internet
Em 332 a.C., o Egito estava sob domínio persa.
Nesse mesmo ano, Alexandre o Grande entrou triunfalmente como vencedor do rei persa Dario III e os egípcios aceitaram-no, aclamando-o como libertador. Há que ter em conta que no Egito havia desde há muito tempo uma grande quantidade de colônias gregas, e que, portanto, os gregos não eram considerados como estrangeiros.
Fomos para Alexandria de ônibus, duas horas do Cairo, estrada muito bonita. Passamos por vários haras com portões enormes ornamentados com estátuas de cavalos muito exageradas, bem estilo árabe.
Passeios
Museu Greco – Romano
é um museu pequeno, mas possui obras de um período fascinante da história egípcia, quando a civilização grega, romana e a própria antiga civilização egípcia interagiram no mesmo local, ou seja, Alexandria, resultando em uma fusão interessante de tradições. Neste pequeno museu vimos várias figuras lendárias da história do mundo, todos os que viveram e deixaram suas marcas em Alexandria.
Museu Greco Romano – Foto Internet
Alexandre o Grande, Júlio César, Marco Antônio e Cleópatra estão todos representados aqui. Vimos também a única réplica existente do farol Pharos que foi a marca do porto de Alexandria, a 2 ª das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Kom Al- Dikka
O nome é traduzido do árabe como um “monte de entulho”, mas este é um dos poucos locais onde os arqueólogos descobriram parte da cidade antiga. A escavação em curso aqui revelou um anfiteatro romano bem preservado, o único de muitos que devem ter adornado a cidade antiga, um balneário e uma vila romana com decorações de mosaico ainda remanescentes no teto.
Anfiteatro – Foto Internet
Palácio do Rei Farouk
essa linda propriedade era a casa de verão do controverso rei Farouk, que assumiu o poder aos 16 anos, em 1936. Foi o último rei do Egito (1936-1952), sucedendo a seu pai, Fuad I, em 1936. Sua irmã Fawzia foi Rainha do Irã por um breve período. Seu título completo era “Sua Majestade Farouk I, pela graça de Deus, Rei do Egito e do Sudão, Soberano da Núbia, do Curdufam e de Darfur”.
O Palácio de Farouk é sem dúvida nenhuma o lugar mais bonito de Alexandria.
Palácio do Rei Farouk – Foto Internet
Biblioteca de Alexandria
uma das mais célebres bibliotecas da história e um dos maiores centros do saber da Antiguidade.
Nasceu durante o período helenístico, tendo como propósito refletir os valores de sua época, ou seja, de apoio a difusão do saber grego clássico para o Oriente.
A biblioteca continha praticamente todo o saber da Antiguidade, cerca de 700 mil rolos de papiro e pergaminhos. O seu lema era “adquirir um exemplar de cada manuscrito existente na face da Terra”. Durante muito tempo, a Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores e mais importantes bibliotecas do Planeta. Era o sonho de qualquer pessoa que buscava conhecimento.
Foi destruída por um incêndio, tendo todo o seu acervo — tais como papiros, livros, pinturas e peças arqueológicas — sido queimados. Após os vários incêndios de que foi alvo, estima-se que apenas 5% do conteúdo da biblioteca original tenha sido conservado.
Biblioteca de Alexandria – Foto Internet
Há pouco tempo o governo egípcio construiu uma nova biblioteca em Alexandria, próxima ao local da antiga, com o objetivo de rememorar o esplendor da biblioteca original. Foi inaugurada em 2002 e, alvo de duras críticas decorrentes do seu alto custo, 200 milhões de euros.
A nova biblioteca é composta por 4 bibliotecas especializadas, laboratórios, um planetário, um museu de ciências, um de caligrafia e uma sala de congressos e exposições. A instituição pretende ser um dos centros de conhecimento mais importantes do mundo, assim como foi a sua antecessora. O edifício está dotado de um telhado de vidro e alumínio, cujo tamanho se assemelha a dois campos de futebol.
Na biblioteca estão guardados10 mil livros raros, 100 mil manuscritos, 300 mil títulos de publicações periódicas, 200 mil cassetes aúdio e 50 mil vídeos. No total, podem trabalhar 3.500 pesquisadores, que têm ao seu dispor 200 salas de estudo.
Endereço: Al Azaritah WA Ash Shatebi, Qesm Bab Sharqi, Província de Alexandria 21526, Egito
Telefone: +20 3 4839999
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=biblioteca+de+alexandria
Biblioteca de Alexandria – Foto Internet
Catacumbas Kom el Shoqafa
sítio arqueológico histórico, onde foram descobertos em 28 de setembro de 1900, um dos maiores sítios funerários romanos egípcios.
Endereço: Al Karah WA at Toubageyah WA Kafr Al Ghates, Qesm Karmouz, Província de Alexandria, Egito
Catacumbas de Kom el Shoqafa – Foto Internet
Farol de Alexandria
construído a mando de Ptolomeu I em 280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido. Era uma torre de mármore situada na Ilha de Faros. Ele tinha entre 120 e 137 metros de altura e era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Esta bela estrutura foi destruída por um terremoto em 1375.
Farol de Alexandria – Foto Internet
Hotéis
Hotel Sheraton Montazah
a um minuto de caminhada da praia e a dez minutos a pé da Estação de Trem El Mandara. O Sheraton Montazah dispõe de uma academia bem equipada e piscina com vistas panorâmicas para o mar. O Coquillage Café está aberto o dia todo e serve pratos internacionais em um ambiente elegante e casual. No Café Rendez vous tomamos um lanche muito gostoso.
Endereço: Corniche Road, Alexandria, Egito
Telefone: +20 3 5480550
http://www.sheratonmontazah.com
Hotel Sheraton Montazah – Foto Internet
Steigenberger Cecil Hotel
desde a sua inauguração em 1929, Steigenberger Cecil Hotel em Alexandria é conhecido pela sua ótima localização bem em frente ao porto. Fica a poucos passos de muitos dos lugares mais famosos da cidade, como a Biblioteca, o Museu Nacional e o Anfiteatro.
Hotel Cecil – Foto Internet
Curiosidade
Uma das razões da minha ida para Alexandria foi o romance de Lawrwnce Durrell “O Quarteto de Alexandria” queria conhecer os principais lugares descritos nos livros, sendo que um deles é o Cecil Hotel.
O Quarteto de Alexandria é uma tetralogia de romances do escritor Lawrence Durrell, publicados entre 1957 e 1960. Os primeiros três livros apresentam três perspectivas da mesma sequência de acontecimentos e personagens em Alexandria, antes e durante a II Guerra Mundial. O quarto livro passa-se seis anos mais tarde, em Corfu.
Endereço: 16, Saad Zagloul Square, Raml Station, Alexandria Governorate, Egito
Telefone: +20 3 4877173
Cidadela de Qaitbay
uma fortaleza construída no século XV localizada na costa do mar mediterrâneo. Foi construída por ordens do sultão Al-Ashraf Sayf al-Din Qa’it Bay em 1477.
Endereço: As Sayalah Sharq, Qesm Al Gomrok, Província de Alexandria, Egito
http://www.sis.gov.eg/?lang=pt-br
Cidadela de Qaitbay – Foto Internet
Museu Egípcio das Jóias Reais
Museu das Jóias da família de Mohamed Ali.
Reinaugurado após uma restauração integral do Palácio Fatma Haider, construído em 1920. O custo da reforma foi de 50 milhões de Libras egípcias, US$ 9 milhões. Localizado no bairro histórico de Zizinia.
Museu das Jóias Reais – Foto Internet
Estão expostas mil peças escolhidas entre as 11.500 mil jóias que pertenceram à família real egípcia, mantidas atualmente nos cofres do Banco Central do país. Entre eles estão pinturas que retratam a família real e outras peças preciosas, como colares, brincos, anéis e pulseiras, que pertenceram aos seus membros ao longo do período em que reinaram, até a revolução de 1952.
O museu pertenceu originalmente à princesa Fatma Haider, descendente de Mohamed Ali Pacha, o fundador da dinastia Alauita. Mohamed Ali, comandante do exército Otomano, de origem albanesa, mas nascido na Macedônia, tomou o poder no Egito no início do século 19.
Palácio Fatma Haider – Foto Internet
Passeamos pela corniche que é muito bonita e voltamos de ônibus para o Cairo. Demorou 3:00.
Corniche Alexandria – Foto Internet
Para terminar uma história curiosa do faraó Tutankamon:
“A morte abaterá com suas asas quem perturbar o sono do faraó”. Esta foi a frase encontrada no dia 22 de novembro de 1922, quando a equipe do arqueólogo Howard Carter decifrou os hieróglifos do portal do mausoléu do faraó Tutankamon, morto em 1346 a.C.. Coincidência ou não, sete anos depois, treze membros da equipe haviam morrido de forma inexplicável. Outras nove pessoas que tiveram contato com a múmia também estavam mortas.
Boa Viagem!
Yeda , sua narrativa e otima , o que torna imperdivel esta viagem .
Beijos,
Beatriz
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Querida Yeda ,amei rever minha cidade natal ,Alexandria onde nasci e tenho recordações da beleza do mar eu morava em frente ao mar no bairro de shatbi ,ia todo dia para a praia.Vi longamente todo seu roteiro mais uma vez obrigada pelo alto nivel de conhecimento fotos de uma precisao impecavel revelando com nitidez e limpeza os lugares visitados.Abraço recheado de gratidao!!!bjs
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Que delicia ler suas viagens… Você é uma contadora de estórias! Quero fazer todas suas viagens!!!!
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