Roma é sempre um prazer! Arriscamos afirmar que os romanos são os mais simpáticos da Europa para tratar os turistas. É muito agradável falar um pouco de italiano e todos fazerem um esforço para entender sem logo pular para o inglês. A cor da cidade varia entre um pêssego, passando pelo mostarda e as vezes chega até a um damasco. Linda e inesquecível.

Não íamos desde 2010! Nada melhor do que ver a Fontana de Trevi branquinha, linda e restaurada! Seu único defeito é a quantidade de turistas! E o mais pitoresco, é que parece praxe todos fazerem selfies!!! Me chamou atenção a quantidade de turistas asiáticos em grupos que faziam qualquer ginástica para tirar suas próprias fotos! Pulavam um nos ombros dos outros para garantir uma selfie especial!

A visita a Galeria Borghese é fundamental. Com entradas compradas anteriormente pela Internet e com hora marcada, é possível admirar com calma os Caravaggio, Bernini entre outros. Os salões, as paredes e os tetos são tão impressionantes quanto os quadros e esculturas. Trata-se de um verdadeiro deleite. São dois grupos de visitas: as 11 e 14 horas. O palácio Borghese foi construído entre 1614 e 1615. É esplêndido, e seus jardins são lindos e abertos ao público, pode-se ver famílias com crianças ou casais namorando nos bancos. Muita gente andando de bicicleta (aluga-se) e quiosques vendendo sorvetes.
Uma boa dica é sair da visita à Galeria Borghese caminhando até o Museu de Belas Artes, mas para almoçar no Caffe Delle Arti, ao lado do Museu. Ambiente totalmente romano (éramos os únicos turistas!!), com mesas cobertas por ombrelones, além de 2 ou 3 lounges bem agradáveis! Tem menu à la carte e bons tramezinos, que são os sanduíches típicos da cidade!
Via Antonio Gramsci 73.

Novidade também para nós, foi a visita ao MAXXI, o museu do século 21 de arte contemporânea! Trata-se da primeira instituição romana totalmente dedicada a criatividade contemporânea. O acesso deve ser feito pelo tramway na Piazza del Popolo. Aliás, esse bonde é adorável, vale a pena a experiência! O prédio do museu é projeto da famosa arquiteta Zaha Hadid falecida no ano passado. Belo, diferente, ultra moderno, a concepção é fantástica!

A exposição era de arquitetura e design, com objetos e desenhos bastante avançados.

Na área do museu tem restaurante e café lindíssimos com boa comida e gente simpática. Via Guido Reni 4.

Na volta, siga a Via del Corso até a Piazza Venezia, uma das mais lindas e imponentes. Vários edifícios importantes se alinham na praça, incluindo o Palazzo Venezia, encomendado pelo cardeal Venezia. O palácio foi completado em 1464 e pertenceu ao papa Paulo II, continuou sendo a residência de sucessivos papas. Depois tornou-se a Embaixada de Veneza (Serenissima) e mais tarde foi adquirida pelo governo de Mussolini, que fazia discursos da varanda do palácio. Hoje abriga o Museo del Palazzo Venezia.

Tratesvere, que fica do outro lado do Rio Tibre, é um bairro muito interessante, que não conhecia, mesmo tendo ido a Roma algumas vezes no passado. O acesso é pela Ponte Sisto, vindo do Campo dei Fiori. A noite ferve, fomos num final de manhã, andamos pelas ruas admirando prédios com suas portarias e janelas.

Tem lojas bem transadas. Para quem quer comprar sapato italiano recomendo a boutique Marta Ray, ex-modelo e engenheira londrina radicada em Roma, que confecciona sapatilhas e sandálias de coro maleável com uma sola especial que ajuda a reduzir a dor de andar com balerinas. Não resisti e comprei uma, e afirmo que é superconfortável e estilosa.
Via del Moro 6.

Uma loja bem interessante é a Mario Luca Giusti, conhecida no setor de cristais sintéticos. Sua coleção de copos, jarras e abat-jours coloridos são muito atraentes e vale a pena dar uma olhada. Pode ser encontrada em Milão, Florença e Paris. www.mariolucagiusti.it

No setor gastronomia, gostamos muito das massas do l’Antico Forno Roscioli. Fica a dois passos do Campo dei Fiori, praça que tem o monumento dedicado a Giordano Bruno, local mesmo onde foi queimado. Esse restaurante é ao mesmo tempo delicatessem onde no balcão são vendidos queijos, massas, vinhos e outras delicias. O ideal é fazer reserva, mas a sorte ajudou e conseguimos uma mesa às 15 horas para almoçar.
Ristorante Roscioli 21, via dei Giubbonari.

Quando o “suplício” (suplizzi-cozinha local de rua) é reinterpretado pelo chef Arcangelo Dandini, a punição se transforma em prazer. O famoso croquete empanado de arroz com mussarela e molho de tomate ou branco sem tomate é simplesmente delicioso. Não perca a torradas de pão de fumaça, croquete de batata e pães com manteiga e anchovas Cetara. O lugar é minúsculo, só tem romanos da vizinhança. É a atmosfera ideal se você quiser ter um “petit gout”-como dizem os franceses – dos “locais”.
Via dei Banchi Vecchi 143.

Visitamos a Igreja de São Luís dos Franceses para admirar outras pinturas de Caravaggio.

O Martírio de São Mateus é o meu favorito porque reproduz uma cena de crime com uma precisão notável das técnicas da ciência forense, rodeado de arte e luz de velas.

Ficamos hospedados no hotel Memphis, 4 estrelas bem confortável sem nenhum charme especial, a não ser a varanda do nosso quarto com jardineiras floridas. Era o máximo no final da tarde apreciar o escurecer do céu romano bebericando um vinho branco acompanhado de grissinis! Aliás, a localização é excelente: Piazza Barberini, cuja fontana tem uma escultura de Benini!
Via degli Avignonesi, 36/A, 00187 Roma RM, Itália – Tel: +39 06 485849

Nossa viagem a Roma foi toda orientada por amigos amantes de Roma e consultas no The Guardian e France Inter. Adorei as dicas, por isso me propus a escrever no Blog da minha querida amiga Yeda, viajante incansável.
Última dica: Não vá nos meses de verão, tem turista demais, grupos escolares nórdicos de no mínimo 30 estudantes. Outono é bem melhor!!!
Bons restaurantes:
Quinzi & Gabrielli
Via del Capelle 5
tel: 066879389
Armando al Pantheon
Via Salita dei Crescenti 31
Tel: 0668803034