Alter do Chão – Belém – Ilha de Marajó

Depois de um tempo fora do ar voltamos a escrever sobre nossas viagens!!

Dessa vez o roteiro escolhido foi o Norte do Brasil

Alter do Chão – Foto Yeda Saigh

Para chegarmos em Alter do Chão pegamos um avião para Santarém no Pará, com escala em Brasília. 

Alter do Chão é uma vila da cidade de Santarém e está localizada às margens do Rio Tapajós, no meio da Floresta Amazônica. Você pode ir a Alter do Chão em barco a partir de Manaus ou Belém. O Aquífero Alter do Chão é localizado sob os estados do Pará, Amapá e Amazonas e é um dos maiores do mundo!

Alter do Chão – Ilha do Amor – Foto Yeda Saigh

Alter do Chão foi fundada no dia 6 de março de 1626, pelo português Pedro Teixeira e nem sempre teve esse nome. Era conhecida como Aldeia dos Boraris, em razão dos índios que viviam na região. E só em 1758 recebeu esse nome dado pelos portugueses, que homenageia uma vila portuguesa com o mesmo nome. Cerca de 400 famílias, em sua maioria descendentes dos índios Boraris, residem em Alter. O vasto conhecimento dos materiais encontrados na floresta e técnicas de uso, fazem com que seus trabalhos artesanais sejam realmente únicos. O artesanato Borari desperta a curiosidade assim que é visto, pois traz à tona uma longa história, toda uma tradição transmitida de pai para filho desde muito antes da “descoberta do Brasil” em 1500.

É o principal ponto turístico de Santarém, pois abriga a mais bonita praia de água doce do mundo segundo o jornal inglês The Guardian, ficando conhecida popularmente como Caribe Brasileiro.

O rio Tapajós está no meio da floresta amazônica, e corre paralelamente ao Rio Amazonas sem se misturar. No primeiro semestre do ano, o Rio Tapajós fica num nível tão alto que cobre todas as praias de Alter, mas no período do verão amazônico, entre os meses de agosto e dezembro, o rio recua em torno de 100 metros, formando várias ilhas maravilhosas.

Hotel Beloalter, foi onde ficamos. O pessoal do hotel fez o transfer do aeroporto em um percurso de 30 minutos. O hotel está situado em uma das mais belas praias particulares do Lago Verde, a cerca de 1km da vila de Alter do Chão. É fácil chegar até a vila pela estradinha, por barco táxi à remo, por kaiake, canoa ou simplesmente fazendo uma adorável caminhada pelas praias das margens do Lago Verde.

Hotel Beloalter – Fotos Yeda Saigh

Vila de Alter Pousada Boutique Amazônia, um novo conceito de hospedagem integrada à floresta, Vila de Alter batizou suas acomodações e espaços com nome de espécies da flora amazônica. Além de reverenciar a natureza, é uma forma simpática de apresentar nossos ambientes aos hóspedes.São apenas seis habitações, com todo o conforto e luxo de um hotel. O café da manhã, servido na varanda dos bangalôs é muito simpático.

Vila de Alter Pousada Boutique Amazônia – Fotos Internet

Depois de fazer o check-in, fomos a pé até a vila de Alter. É uma vila de pescadores muito simples, com poucas ruas para se andar. Pode-se pegar pequenos barquinhos que levam da rua até a Ilha do Amor em minutos, que é o principal atrativo da vila. 

Alter do Chão – Ilha do Amor – Foto Yeda Saigh

Uma extensa faixa de areia de frente para o povoado que só pode ser visitado metade do ano de julho a dezembro (verão local) os demais meses essa ilha fica completamente submersa, devido as chuvas locais (inverno local). Nela existem várias barracas de tira-gosto com cadeiras e mesinhas praticamente dentro do Tapajós. A água é quente e doce, sendo que junto ao calor é um convite para a um banho longo. É um espetáculo da natureza quando a Ilha reaparece em meio ao Rio Tapajós.

Alter do Chão – Ilha do Amor – Fotos Yeda Saigh

Os demais passeios são pelos igarapés, rios e lagos da região.

No dia seguinte saímos com o barqueiro Marcelo, ótimo guia, que nos levou pelo lago Verde até o lago Encantado. O tour é um passeio de canoa, ou catraia como também por aqui é conhecido, que lentamente navega no labirinto formado pela vegetação, parte submersa e parte sobre as águas. O fenômeno acontece com as cheias dos rios da região. 

Passeio na Floresta Encantada – Fotos Yeda Saigh

A Floresta Encantada é uma mata de igapó, e é um dos passeios mais belos e um roteiro de ecoturismo indispensável para quem visitar Alter do Chão. 

Continuamos pelo lago Jurujuba que vai do Tapajós até Pindobal. Pegamos uma van e fomos até Belterra, cidade fundada por Henri Ford, construída em oito meses para o plantio de seringueiras, após o fracasso das plantações em Fordlândia. Em Belterra também tiveram problemas porque em 1943, com a criação da borracha sintética o comércio da borracha natural foi muito prejudicado. Durante a 2ª Guerra Mundial, os ingleses, grandes plantadores de borracha na Ásia, pararam de exportar a borracha para a Europa sendo que o estoque era muito grande. Ao final da guerra, para dar conta do estoque da borracha, venderam a um preço muito baixo o que atrapalhou bastante esse comércio no Brasil. Como consequência houve a famosa e conhecida falência e quebra financeira dos Barões da borracha em Manaus e Belém.

Curiosidade

Os ingleses pegaram sementes de seringueira da Amazônia e as levaram para plantar em Jakarta. Como já sabiam do problema do fungo, fizeram uma mudança genética na semente. A primeira plantação em Fordlândia com dois milhões de pés de seringueiras ficou perdida por causa do fungo, já na de Belterra contrataram um biólogo inglês que ajudou muito nessa nova plantação. 

Esse fato é considerado o primeiro agro-terrorismo no mundo.

Belterra – Fotos Yeda Saigh

Visitamos o centro de memória de Belterra onde numa aula aprendemos todas as histórias dessa cidade e suas vicissitudes. Conhecemos a Igreja de Santo Antônio que é linda.

Voltamos para almoçar em Pindobal, onde eu já havia escolhido um delicioso peixe, feito numa barraca de frente para o rio Tapajós, uma delícia! 

Restaurante Pindobal – Fotos Yeda Saigh

Voltamos para ver o por do sol na ponta do Curuípe e nadei no lago Verde, muito gostoso! Fomos para o centrinho a pé, 15 minutos do hotel, tomamos sorvete e assistimos a uma missa bonita, em que o padre pôs o altar virado para praça para todos poderem assistir a missa, para encerrar teve um bingo.

Missa na Praça de Alter do Chão – Foto Yeda Saigh

Fomos pegar um taxi e descobrimos uma loja de artesanato maravilhosa de um paulista com 90 curadorias de tribos indígenas. 

No dia seguinte saímos cedo de lancha com Marcelo para ir ver a lagoa das Vitorias régias, maravilhosa! 

Lago de Vitóras Régias – Foto Yeda Saigh

Depois saímos para pegar o avião para Belém, no caminho para o aeroporto paramos para almoçar no restaurante Casa do Saulo, muito interessante, no meio da Mata Atlântica, enorme, decoração super bonita, lotado de gente, comida ótima! 

Restaurante Casa do Saulo – Foto Yeda Saigh

Belém do Pará

Belém foi fundada em 12 de janeiro de 1616 pelos portugueses, desenvolvendo-se às margens da baía Guajará .É uma cidade histórica e portuária, localizada no extremo nordeste da maior floresta tropical do mundo, sendo a capital mais chuvosa do Brasil, devido a seu clima equatorial, influenciada diretamente pela Amazônia.

Belém – Foto Yeda Saigh

Em seus 400 anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude, entre os quais o período áureo da borracha, quando recebeu inúmeras famílias europeias, que influenciaram a arquitetura local, sendo conhecida na época como Paris na América, sendo considerada uma das cidades brasileiras mais desenvolvidas, não só por sua posição estratégica – litorânea – mas também porque sediava um maior número de casas bancárias. O apogeu do ciclo foi entre 1890 e 1920, quando a cidade contava com tecnologias que as cidades da regiões sul e sudeste brasileiros ainda não possuíam, como por exemplo: o Cinema Olympia – o mais antigo do Brasil em funcionamento – um dos mais luxuosos e modernos da época. 

Cine Olympia – O Cinema mais antigo do Brasil – Foto Internet

Atualmente, apesar de ser cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões e das igrejas do período colonial. Nas últimas duas décadas, passou por um forte movimento de verticalização, devido a novas tendências na construção civil local.

A cidade exerce significativa influência como metrópole regional, influenciando mais de oito milhões de pessoas nos estados do Pará, Amapá e parte do Maranhão, seja do ponto de vista culturaleconômico oupolítico

Chegamos em Belém e nos hospedamos no Hotel Princesa Louçã. Fundado em 1984 como hotel Hilton, foi renovado em 2009 e está situado numa localização privilegiada no centro da cidade de Belém. Hotel muito bom, a vista do nosso quarto era muito bonita para a praça da República, o teatro da Paz e da Baía do Guajará. O Restaurante do hotel, Açaí, é bem simpático.

Vist do Hotel Louçã – Teatro da Paz – Foto Yeda Saigh

Fomos visitar o hotel Atrium Quinta das Pedras, muito bonito, antigo mosteiro reformado, que ainda é dos padres. O bispo de Belém mora lá. Jantamos no restaurante do hotel, muito bom! O Hotel está instalado num prédio histórico, construído no final do século XVIII, que passou a ser propriedade da Diocese de Ponta de Pedras em 2006. Atualmente, através de uma parceria com o Grupo Atrium Hotéis, a Diocese transformou sua maravilhosa construção no primeiro e único hotel conceito do Pará. Nasceu assim o Hotel Atrium Quinta de Pedras. O Hotel Princesa Louçã é mais central, mas o Quinta das Pedras é mais chique.

Hotel Atrium Quinta das Pedras – Fotos Yeda Saigh

Fomos conhecer as Docas, muito interessante, cheio de restaurantes na frente do rio Guajará, lojas no andar de cima, música ao vivo. Tomamos um sorvete na Sorveteria Cairú, muito famosa por fabricar mais de 20 tipos de sorvetes com frutas da região, desconhecidas dos que não são de lá!

Estação das Docas – Foto Yeda Saigh

A Estação das Docas é um complexo turístico e cultural da cidade de Belém , inaugurada em 13 de maio de 2000. A Estação foi resultado de um trabalho de restauração dos armazéns do porto da capital paraense. Originalmente foram três galpões de ferro inglês, exemplo da arquitetura característica da segunda metade do século XIX.

No dia seguinte fomos para a Ilha de Marajó! é uma ilha costeira situada na Área de Proteção Ambiental do arquipélago do Marajó, a maior ilha fluviomarítima do mundo no estado do Pará

Chegada na Ilha de Marajó – Fotos Yeda Saigh

Pegamos o expresso Golfinho nas Docas, o mais rápido para ir para Marajó, demorou 2 horas e é lotado para Soure em 2hs, cidade da Ilha de Marajó Um guia nos esperava em Soure, Gedilson, ótimo guia! Ficamos no hotel Canto do Francês, bem simples, mas simpático!

Pousada Canto do Francês – Fotos Yeda Saigh

Visitamos a Praia Barra Velha, que fica no oceano Atlântico com o rio Tocantins e um braço do Amazonas, conhecido aqui como Rio Pará.

Soure – Ilha de Marajó – Foto Yeda Saigh

Depois fomos para Praia do Pesqueiro, uma vila de pescadores muito simpática com casas bem coloridas, algumas fazem hospedagem, só pousadas com redário!! (redes no lugar de camas) A Praia é enorme de areia dura.

Praia do Pesqueiro – Foto Yeda Saigh

Fomos conhecer Salvaterra e no caminho paramos para comprar cerâmicas marajoaras muito bonitas. 

Cerâmica Marajoara – Foto Yeda Saigh

Ficamos na Pousada dos Guarás, um lugar simples, mas muito simpático. São vários chalés individuais, pé na areia; nos jardins da pousada os búfalos passeiam livremente, porém mantendo uma certa distância deles não tem perigo. A noite sempre tem um show típico paraense com música e dança, bem divertido!

Pousada dos Guarás – Salvaterra – Foto Cynthia Kolhy

Salvaterra foi habitada por índios da etnia Sacaca ou Aruans; um dos mais importantes grupos brasileiros em termos linguísticos e com um vasto trabalho em cerâmica, que se desenvolveu em toda a ilha do Marajó. Foi dominada por portugueses escravocratas de indígenas e negros, no trabalho em fazendas. A resistência à dominação levou os escravos a um processo de organização, presente até hoje, com oito comunidades quilombolas

Casas de Marajó – Fotos Yeda Saigh

No dia seguinte voltamos pelo porto de Camará e pegamos a lancha Arapari para Belém, bem mais fácil e mais rápida.

Fomos jantar no restaurante da Casa das 11 Janelas, do mesmo dono Saulo do restaurante Casa de Saulo de Santarém, lindíssimo e uma comida deliciosa! Foi eleito o “Melhor Restaurante do Norte do País” por dois anos consecutivos.

Restaurante da Casa das 11 Janelas – Fotos Yeda Saigh

No caminho para o restaurante Casa das 11 Janelas paramos para visitar a Catedral de Belém que é realmente maravilhosa, uma igreja católica de estilo neoclássico e barroco. É a sede da Arquidiocese de Belém, parte integrante do complexo histórico e religioso da cidade velha, denominado Feliz Lusitânia.

Catedral Metropolitana de Belém – Foto Yeda Saigh

No dia seguinte, a guia Lusinette, ótima, da empresa Ambiental, nos pegou às 8h30, no hotel e fomos ao museu Zoobotânico Emílio Goeldi, um espetáculo! Visitamos o museu, o parque e o aquário. 

O Museu é uma instituição pública fundada em 1866. É a mais antiga instituição na região amazônica e reconhecido mundialmente como uma das importantes instituições de investigação científica sobre a Amazônia brasileira.

Museu Emílio Goeldi – Foto Yeda Saigh

O Naturalista e zoólogo Emilio Goeldi assumiu a direção do Museu em1893, contratado pelo governador Lauro Sodré. Tinha sido demitido do Museu Nacional do Rio de Janeiro por questões políticas após a Proclamação da República. 

Museu Emílio Goeldi – Foto Yeda Saigh

Goeldi tinha a missão de transformar o Museu em um grande centro de pesquisa sobre a região amazônica. Em 1895, foi fundado o Parque Zoobotânico, mostra da fauna e flora regionais para educação e lazer da população. Grande parte da Amazônia foi visitada, realizando-se intensivas coletas para formar as primeiras coleções zoológicas, botânicas e etnográficas da região. 

Depois fomos visitar o Mercado Ver o Peso, inaugurado em 1625. É um dos mercados públicos mais antigos do País, considerado como uma das maravilhas da cidade de Belém e também foi eleito uma das 7 Maravilhas do Brasil. Ponto turístico, cultural e econômico, formado pelo Mercado de Ferro, Praça do Pescador, Doca das Embarcações, Pedra do Peixe e Feira Livre. Abastece a cidade com variados tipos de gêneros alimentícios e ervas medicinais, vindos das ilhas vizinhas e dos municípios do interior.

Mercado Ver o Peso – Belém – Foto Yeda Saigh

Fomos jantar no restaurante Santa Chicória, muito bom, decoração super bonita, comida ótima: conhecemos o chefe Paulo Anijar, simpaticíssimo proprietário e marido da chef Ilca Carmo. A cozinha trabalha com pratos contemporâneos. 

Restaurante Santa Chicória – Fotos Yeda Saigh

No dia seguinte fomos conhecer a história do Círio de Nazaré e a Basílica. 

O Círio é a maior manifestação cristã do Brasil – e um dos maiores eventos do mundo, reunindo mais de dois milhões de pessoas em uma só manhã. É uma manifestação religiosa em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, que ocorre em Belém. Celebrado anualmente desde 1793, no segundo domingo de outubro, reúne cerca de dois milhões de pessoas em todas as romarias e procissões. Uma devoção religiosa, herdada dos colonizadores portugueses – em Portugal é celebrado no dia 8 de setembro na vila de Nazaré.

Em 2004, reconhecido como Patrimônio cultural imaterial pelo Iphan e, em dezembro de 2013, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Basílica de Nazaré – Fotos Yeda Saigh

Curiosidade

A comemoração do Círio em Belém lembra o Natal: oferecem um grande almoço e costumam deixar as portas da entrada das casas abertas, significando que qualquer pessoa é benvinda!!

Forte do Presépio – Fotos Yeda Saigh

O Forte do Presépio localiza-se sobre a baía do Guajará. É muito bonito e vale a pena um passeio a pé para aproveitar a vista linda de Belém: Docas, o Mercado Ver o Peso etc… É um dos pontos turísticos mais procurados da cidade, por sua localização privilegiada e seu sentido histórico. Integrante do complexo arquitetônico e religioso da cidade velha, a Feliz Lusitânia.

Forte do Presépio – Fotos Yeda Saigh

O Museu do Encontro faz parte da história da fundação de Belém fica no interior do Forte do Presépio, construído no século XVII, local onde foram encontradas estas riquezas arqueológicas. No seu interior, o visitante tem a oportunidade de ver cerâmicas de origens marajoaras e tapajônicas, peças indígenas, fragmentos de peças históricas e muitas outras pequenas relíquias, obtidas no próprio sítio histórico de sua localização. Durante muitos anos, o forte serviu como estratégia e defesa da cidade, graças a sua localização.

Museu do Encontro – Fotos Yeda Saigh

Voltamos para a praça da Sé, e fomos visitar a Igreja de Sto Alexandre, e o museu de Arte Sacra, lindo! Conhecemos também o Museu do Círio, pequeno mas com objetos interessantes do acervo.

Museu de Arte Sacra – Fotos Yeda Saigh

Em seguida fomos conhecer o Mangal das Garças. Inaugurado 2005, está localizado às margens do rio Guamá, em pleno centro histórico de Belém. O parque ecológico é resultado da revitalização de uma área de 40.000 m², uma síntese do ambiente amazônico no coração da capital paraense. Almoçamos no restauranteManjar das Garças, muito bom, decoração linda!!!

Depois passeamos pelo parque todo, visitamos o borboletário, subimos no Mirante, e vimos os guarás vermelhos que são de uma extrema beleza!

Mangal das Garças – Fotos Yeda Saigh

No dia seguinte acordamos cedo e fomos para a ilha do Combú com o Marcelo, ótimo guia, fala francês fluente, morou na Guiana Francesa. Visitamos a Fábrica de Chocolate da Filha da Nena, mulher guerreira!Fizemos a trilha para ver as árvores de cacau de onde vem a produção da pequena fábrica. Vimos todo o processo de fazer o chocolate. Experimentamos o brigadeiro, delicioso, e compramos chocolates na lojinha. 

Ilha do Combú – Fábrica de Chocolate – Fotos Yeda Saigh

Voltamos de lancha, comemos uma casquinha de siri deliciosa no restaurante do hotel no e fomos fazer um tour pelo Teatro da Paz que é em frente do Hotel.

Teatro da Paz

Inaugurado em 15 de fevereiro de 1878, inspirado no Teatro Scala de Milão com linhas neoclássicas, foi construído no período áureo da exploração da borracha na Amazônia. O nome inicial do teatro seria “Teatro de Nossa Senhora. Posteriormente, antes da inauguração, o bispo decidiu trocar o nome para “Teatro da Paz”, pois dar o nome de Nossa Senhora lhe seria indigno, visto que o local abrigaria “apresentações mundanas”. O nome definitivo é uma alusão ao fim da Guerra do Paraguai.

Teatro da paz – Foto Yeda Saigh

O autor do projeto foi o engenheiro pernambucano José Tibúrcio Pereira Magalhães. Foi construído por Calandrine de Chermont. Ficou pronto em 1874, mas, devido a denúncias contra os construtores, um inquérito foi aberto e o teatro só foi inaugurado após a sua conclusão.

Vista do Terraço do Teatro da Paz – Foto Yeda Saigh

Ali Carlos Gomes encenou sua mais famosa ópera, O Guarani, e a bailarina russa, Ana Pavlova, passou com suas sapatilhas. O decorador desse cenário privilegiado foi o italiano Domenico de Angelis que, posteriormente, decorou o Teatro Amazonas, de Manaus. Durante o Ciclo da Borracha, as mais famosas companhias líricas se apresentaram ali

Curiosidades: para que tudo saísse perfeito o calçamento em volta foi coberto com borracha para que o barulho das charretes e cavalos não interferissem nos espetáculos; as poltronas não são forradas com tecido para evitar o calor, são de madeira e palhinha, muito bonitas! Com o declínio da borracha, o Teatro da Paz passou por grandes dificuldades. Sem apresentações, estava quase sempre fechado, e as restaurações não eram suficientes para lhe garantir um bom funcionamento. Hoje tem a temporada de ópera em setembro, deu vontade de voltar para Belém em setembro para assistir óperas num teatro tão bonito!

Depois fomos visitar Palácio Antônio Lemos, que estava em reforma, mas tinha uma exposição de fotos de Pierre Verger muito bonita! 

Expo Pierre Verger – Foto Yeda Saigh

Depois visitamos o Palacete Lauro Sodré também em reforma, bem bonito e a Igreja N. Sra. do Carmo. Demos uma volta pela Orla, muito bonita! 

Passeio pela Orla – Foto Yeda Saigh

Fomos conhecer o Shopping Grão-Pará, enorme, cheio de gente. De lá fomos jantar no Restaurante Remanso do Bosque chef Thiago Castanho, recomendadíssimo! Vale a pena, é ótimo!

Palácio Antonio Lemos – Foto Yeda Saigh

Curiosidade

Em Belém existe tantas mangueiras que instituiu-se seguro de carros contra queda de mangas, que por vezes quebram os vidros ou amassam a lataria.

Belém é a capital mais chuvosa do Brasil, devido ao

seu clima equatorial influenciado diretamente pela presença da floresta amazônica

Visitamos também o Espaço São José Liberto, antigo presídio. Hoje local de exposições de gemas, joias, artesanato e moda do Pará, mais conhecido

como Polo Joalheiro. As lojinhas são dispostas nas antigas celas do antigo presídio. Lá é comercializado o trabalho de 30 produtores e 

pode-se ver os ourives trabalhando em joias com temática local. O local também abriga uma escola que ensina as várias profissões de quem quer trabalhar com joias.

Polo Joalheiro – Foto Yeda Saigh

Para terminar um poema do escritor paraense Leonardo Brelaz:

Boa Viagem!!

Endereços e Contatos:

Hotel Beloalter – Rua Pedro Teixeira, 500 

Telefone (93) 35271230

Vila de Alter Pousada Boutique Amazônia – Rua do Sol, 282

Telefone (93) 99212-2338

Cine Olympia – Av. Pres. Vargas, 882 – Belém 

Telefone (91) 4006-7000

Hotel Atrium Quinta das Pedras – R. Dr. Assis, 834 – Cidade Velha, Belém 

Telefone (91) 3199-1603

Hotel Canto do Francês – R. Sexta, s/n – São Pedro, Soure – PA

Telefone (91) 3741-1298

Pousada dos Guarás – Av. Beira Mar s/n – Salvaterra

Telefone (91) 99303-3291

Restaurante Casa das 11 Janelas – R. Siqueira Mendes, S/N – Cidade Velha, Belém – PA, 66020-310

Telefone (91) 99338-4511

Museu Emílio Goeldi – Av. Gov Magalhães Barata, 376 – São Brás

Restaurante Santa Chicória – Av. Sen. Lemos, 565 – Umarizal, Belém – PA, 66050-000

Telefone (91) 3347 – 9899

Forte do Presépio – Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n – Cidade Velha, Belém 

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