
Foto Yeda Saigh
Faz alguns anos que vou para Nova York na época de Thanksgiving. O feriado de ação de graças movimenta a cidade, dá um charme especial. Então, porque não aproveitar mesmo nos tempos atuais?
Viajar atualmente requer uma certa paciência. É necessário preencher uma série de documentos e formulários exigidos pela ANVISA, além de comprovar exame de PCR feito nas 72 horas anteriores ao dia da viagem. Finalmente, não é tão complicado assim aprontar toda essa papelada, mas minha dica é ter todos os documentos gravados no celular e impressos em papel.

Foto Yeda Saigh
Fomos de American Airlines e tive a sorte de conseguir um lugar sozinha na executiva. Voo excelente, dormi muito bem, cheguei me sentindo pronta para passear.
Ficamos, como sempre no Lombardy hotel, que continua muito bom em termos de custo/benefício. Outra dica fundamental é pedir quando fizer a reserva um early check-in, para não correr o risco de só poder entrar no quarto às 3 hs da tarde!
O que é muito cansativo depois de uma viagem de 9 hs!!
Devido a pandemia, nosso hotel não tem mais café da manhã. Aproveitamos para ir na lanchonete Palace (122 E 57th St), muito boa, com tudo que os americanos comem de café da manhã: ovos mexidos com torradas, waffles com siroup, french toast, bagels etc…, enfim, tudo delicioso!!

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Já havia agendado um tour com a Gisela Gueiros nas galerias do Chelsea. Fomos em seis galerias, todas muito interessantes!

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Começamos com a Galeria Friedrich Petzel Gallery, fundada em 1994 (537 W, 22nd), vimos uma exposição belíssima da artista Maria Lassnig, uma artista austríaca conhecida por seus autorretratos pintados e por sua teoria da “consciência corporal”.

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A segunda foi a David Zwirner Gallery, segundo minha amiga Luisa Strina uma das melhores do mundo! (525 West 19 th St.), vimos exposição do artista Neo Rauch: nasceu em 1960 em Leipzig, onde ele continua viver e trabalhar, e estudou na Hochschule, escola de Grafik e Buchkunst. Desde 2000, o trabalho de Rauch tem sido representado por David Zwirner.

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Em seguida fomos para outra galeria do David Zwirner, (537 W 20 th St.), exposição da artista Ruth Asawa. Segundo Sebastian Smee do jornal Washington Post é a exposição mais bonita do ano! um levantamento de esculturas suspensas e trabalhos em papel “Ruth Asawa: Life’s Work: leveza, transparência e uma elegância quase rude.

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A quarta foi a de Matthew Marks Gallery, (523 W 24th St.), uma exposição do artista Robert Glober. Luisa Strina acha que ele é um dos melhores artistas atuais! Fundada em New York em 1991, Matthew Marks Gallery representa trinta e um artistas de diferentes gerações.

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Em seguida fomos na Milles McEnery Gallery (525 W 22nd St.) Essa galeria se dedica a tornar seu site acessível a todos os indivíduos, incluindo aqueles com deficiência física. Vimos a exposição da artista Trudy Benson, uma pintora americana contemporânea mais conhecida por suas composições abstratas em grande escala utilizando gestos hiperbolizados,

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e por último na Lisson Gallery, (504 W 24th St.) Fundada em 1967, a Lisson Gallery é uma das galerias de arte contemporânea mais influentes do mundo. Vimos a
exposição do artista Stanley Whitney. Ele nasceu na Filadélfia em 1946 e vive e trabalha na cidade de Nova York e Parma, Itália.

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Todo este roteiro foi feito a pé, foi bem divertido, dá para ter uma ideia das melhores exposições que estão acontecendo em Nova York. A curadoria da Gisela foi ótima, explica muito bem sobre cada exposição e cada galeria! Recomendo!!
Fomos em algumas lojas Gap, Cos, livraria Noble e depois almoçamos no rest L’ Avenue dentro do Saks, (8 E 50th St.), muito bom! Projetado pelo renomado arquiteto Philippe Starck, o restaurante se estende por dois andares com uma sala de jantar de inspiração francesa art déco e Le Chalet – um bar e lounge que oferece interiores aconchegantes em estilo après-ski. As refeições também estão disponíveis no terraço que se estende para fora do Le Chalet, com vistas icônicas de Nova York.

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No dia seguinte fomos ao MOMA e vi duas exposições muito bonitas! Além do acervo maravilhoso que é sempre imperdível!

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A exposição da Sophie Taeuber – Arp. Suiça, conhecida como uma das principais figuras da arte abstrata, tendo importante participação junto ao Movimento Dada, na Suíça, e incursões pioneiras no Neoplasticismo e Construtivismo.

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A exposição do Calder. (nascido em Lawnton, Pensilvânia, filho de pais artistas, Calder estudou pintura na Art Students League em Nova York antes de se mudar para Paris em 1926). Reunindo figuras antigas de arame e madeira, trabalhos em papel, joias, móbiles em movimento e esculturas abstratas monumentais, a exposição dá um mergulho profundo em toda a amplitude da carreira e inventividade de Calder

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Almoçamos no The Modern, delicioso, frequência ótima, não perca a loja do MOMA!! Sempre tem coisas super interessantes e diferentes para comprar, principalmente pequenos presentes.
Fomos assistir a ópera Porgy and Bess, uma ópera do compositor americano George Gershwin, com libreto de DuBose Heyward, e letras de Heyward e Ira Gershwin, executada pela primeira vez em 1935.
Uma boa dica: jantar no intervalo é uma grande ideia! Você escolhe o que quer pedir antes de entrar no teatro e eles deixam prontinho no intervalo, dá tempo folgado de tomar uma sopa, com um ótimo copo de vinho tinto, uma sobremesa e voltar assistir o segundo ato.

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No dia de Thanksgiving almoçamos no Le Bilboquet (20 E 60th St.), muito bom, pedimos o famoso e obrigatório stuffed turquey, delicioso! Frequência muito elegante, muitas famílias americanas comemorando o Thanksgiving!

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Depois fomos a loja da Apple, que mesmo no feriado estava aberta e lotada!!!
Ir para N York sem ir ao menos uma vez ao Soho é missão impossível!!, Almoçamos no Balthazar, muito bom e fomos ver uma exposição de Jasper Johns no Whitney Museum (museu de arte contemporânea).
Curiosidade
Em 1929, Gertrude Vanderbilt Whitney ofereceu-se para dar cerca de 600 obras que possuía, para o Metropolitan Museum of Art, mas teve sua doação dispensada. Dessa forma estas obras tornaram-se a base do Whitney Museum of American Art. Sua coleção se baseava principalmente em artistas americanos, cujo trabalho tinha sido desprezado pelos críticos e acadêmicos da época.
A coleção permanente do Whitney compreende mais de 19.000 pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias, filmes, vídeos e novas mídias por mais de 2.900 artistas. Exposições anuais e a bienal do museu tem sido um local de encontro para os artistas mais jovens e menos conhecidos, que apresentam seus trabalhos no museu.

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Jasper Johns: Mind / Mirror é a retrospectiva mais abrangente já dedicada à arte de Johns. Apresentando suas obras mais icônicas, juntamente com muitas outras mostradas pela primeira vez, compreende uma ampla gama de pinturas, desenhos, gravuras e esculturas de 1954 até hoje em dois locais. Concebida como um todo, mas exibida em duas partes distintas, a exposição aparece simultaneamente no Whitney e no Museu de Arte da Filadélfia, duas instituições com as quais Johns tem relacionamentos de longa data.

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Depois fomos ver o musical Diana, bom, um musical com música e letra de David Bryan e Joe DiPietro, e um livro de DiPietro, baseado na vida de Diana, Princesa de Gales.

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No dia seguinte fomos ver a Frick Collection no antigo Whitney, lindo!!!
Almoçamos no Eats, sempre ótimo, frequência sempre bonita!
Demos uma volta no Bloomingdale’s que sempre vale a pena e é muito alegre e bonito, principalmente nessa época de Natal!!
O que tem de mais novo em Nova York são esses prédios altíssimos com tour para ver vistas de N York! Fomos em dois:
Summit, 1 Vanderbilt, fizemos todo o tour, maravilhoso, parece a Disney, lotado!! Fomos a noite que é uma experiência bem diferente! Você fica com uma outra impressão da cidade inteira, eu achei até menor do que eu imaginava!! Muda para sempre a maneira como você vê NYC. (45 E 42nd Str.)

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e no The Edge no Hudson Yards, de dia, também com vistas maravilhosas de Nova York. Nos dois você tem que comprar entrada pela Internet com antecedência, é tudo muito cheio!! Edge é o deck de céu mais alto do Hemisfério Ocidental localizado ao lado do Hudson Yards, com um design único, é suspenso no ar, dando a sensação de flutuar no céu com vistas de 360 graus que você pode não chegar a outro lugar.
Olhe 100 andares abaixo do emocionante piso de vidro, incline-se sobre a cidade em paredes de vidro angulares e beba champanhe no céu.
Você nunca experimentou Nova York assim antes!!

Foto Yeda Saigh/Internet
Não deixe de entrar no Hudson Yards, tem muitas coisas para fazer lá!

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Almoçamos no restaurante Milos lindo e ótimo!!

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E jantamos no restaurante Cecci, (46 W 46th St,) uma sopa de champignon e um copo de vinho tinto delicioso!!
Fomos Met fazer uma tour com a Claude Audi, exposição de moda e highlights do museu, ela nos mostrou cinco tops do museu: a árvore de natal com os bonecos todos barrocos, maravilhosa!!

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A sala de esculturas do século XVI, muito bonita! Escultura de Bernini, a primeira que você pode dar a volta nela e ver de qualquer lado! uma linda escultura do Tiffany

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e o Templo de Dendur, espetacular, com uma vista linda para o Central Park. É um templo do Egito Antigo construído pelo governador romano do Egito, Petronius, por volta de 15 a.C., dedicado á Ísis e Osíris. Na década de 1960, o templo foi removido de sua localização original e dado ao Metropolitan Museum of Art em Nova Yorque, onde pode ser visto desde 1978.
E depois uma tapeçaria antiquíssima hindu.

Foto Yeda Saigh
Dentro do roteiro do tour de Claude vimos também uma exposição de moda americana bem interessante. Andrew Bolton e o curador Wendy Yu, responsável pelo Costume Institute estabelecem três palavras para definir a moda norte-americana: heterogeneidade, diversidade e pluralismo. Bolton quer que sua exposição ofereça “uma definição mais sutil da moda americana. De certa forma, quando você anda pela mostra, pode haver 104 definições diferentes, porque cada peça é uma expressão diferente, uma emoção diferente. ” A melhor pergunta para este show, primeira de uma exposição das duas partes: In America: An Anthology of Fashion, estreia em maio de 2022, seria: Como a moda americana faz você se sentir?

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Jantamos no Fasano, (815 5th Ave) está maravilhoso! Localizado em um dos quarteirões mais exclusivos do mundo. São 15 andares divididos em apartamentos duplex com 330 mts cada com vista panorâmica para o Central Park, assinado pelo renomado arquiteto Thierry Despont. Decoração linda, muito aconchegante, o Fifth Avenue Bar com gastronomia tradicional italiana é muito bonito e bem servido, comida ótima!

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Saímos a pé, lojas, almoçamos no PJ Clark, (915 3rd Ave) hambúrguer delicioso, depois loja Cartier, muito bem decorada e super confortável para os clientes: um bar com cafezinho, deliciosos biscoitos e todo tipo de bebidas que você quiser.
A noite fomos na ópera no Lincoln Center assistir a ópera Eurídice e Orfeu, cenário maravilhoso música moderníssima, uma ópera de Christoph Willibald Gluck baseada no mito de Orfeu, com libreto por Ranieri de Calzabigi – cuja primeira apresentação foi em outubro de 1762. Tomamos a tradicional sopa no intervalo.
Almoçamos no restaurante da loja do Armani, (717 5th Ave,) muito bom.
A motorista Lúcia (aliás excelente e recomendo para os traslados aeroporto/hotel (19) 17971-3018) veio nos pegar às 19 hs, para nosso vôo das 23h20 da American Airlines.
Boa viagem!!!
The End
Meu Deus! Vocês não pararam um minuto!
Que fôlego. Parabéns!
Me senti em NY visitando tudo com você.
Descrição perfeita. Adorei a viagem. Obrigada
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